Saiba quais são os desafios da gestão de pequenas e médias fábricas.

A gestão de uma empresa não é tarefa fácil se os processos internos administrativos não estiverem bem definidos. Esta situação não é novidade para ninguém, principalmente para empresas que não possuem um sistema de gestão de estoque, gestão de produção e de controle financeiro. Mas, quando se trata de gestão de pequenas e médias fábricas os processos administrativos devem ser ainda mais levados a sério, principalmente pelo fato de envolver diversos processos de produção que são pontos chaves para o sucesso da organização. Neste artigo, todos os elementos de gestão apontados podem se aplicar perfeitamente para o gerenciamento de fábricas, tais como: torrefação de café, embutidos, cosméticos, hambúrguer, pães, queijos e diversas outras modalidades.

Podemos elencar processos especialmente importantes para a gestão de pequenas e médias fábricas, tais como: controle eficaz das entradas das matérias-primas, controle de qualidade, gestão da produção e estoque, alinhamento de vendas com o planejamento de produção, correto faturamento ao qual gera informações financeiras e a busca da excelência na gestão de resultados. Todos estes pontos são elementares para que possamos entender onde estão os grandes desafios da gestão. Neste artigo vamos tratar diretamente o planejamento e controle da produção, voltados para este foco de indústrias, as pequenas e médias, as quais representam uma grande fatia da economia brasileira.

Para iniciarmos os processos de produção, destacamos a importância de compra de matéria-prima de forma assertiva, encontrar fornecedores que prezam pelo controle de qualidade da mercadoria oferecida, cumprimento do prazo de entrega e uma boa negociação para prazos de pagamentos são fatores essenciais para o início bem sucedido. Aliado a esta situação temos os controles de qualidade. Um bom sistema de gestão de produção trabalhando com a gestão da qualidade voltada para inspeções necessárias, possibilita a organização do planejamento mestre de produção bem como a gestão da ordem de produção de forma muito eficaz.

Um conceito muito utilizado para a gestão da ordem de produção é a metodologia implantada para os processos de MRPI, possibilitando o cálculo das necessidades de materiais em quantidade. Outro pronto importante é saber exatamente em qual momento para um planejamento futuro, desde que se possua informações básicas da estrutura do produto (ou listas de materiais) e o leadtime (tempo de fabricação ou compra) de cada um dos itens apontados e pré-definidos na estrutura desses produtos.

A partir desta análise dividimos os processos do MRP em dois momentos principais: O cálculo do plano mestre de produção, também conhecido de MPS – Master Production Schedule e a explosão de necessidade das matérias-prima e produtos semi-acabados (para listas com diversos níveis de composição).

O planejamento da produção

Neste momento o principal objetivo é entender o que precisa ser produzido, objetivando sempre pela ótica de fabricação de produtos acabados. Prontamente deve-se responder as perguntas: “O que a demanda vai solicitar ou já solicitou?”, “Quando precisamos entregar?” e “Qual é a quantidade solicitada?”.  Entenda que neste momento trata-se de previsões e pedidos firmados. Os principais pontos são as entradas e saídas, conforme apontada abaixo:

  • Entradas: carteira de pedidos, previsão de vendas e os registros de estoque.
  • Saída: planejamento mestre de produção.

O que é explosão das necessidades de materiais?

O objetivo a ser alcançado neste momento é suprir a demanda para a produção dos produtos acabados citados anteriormente, sendo importante responder aos questionamentos anteriores. Portanto, quando se afirma sobre as matérias-primas e de produtos semi-acabados, o Plano mestre de produção, lista de materiais, registros de estoque são elementos chaves, gerando assim as ordens de compra e ordens de trabalho.

Plano mestre de produção

O plano mestre de produção (MPS) é considerado a estrutura do planejamento e controle da organização. No MPS destaca-se as informações de quais, quantos e quando necessitamos produzir os produtos acabados, entendendo a nossa combinação da carteira de pedido com a previsão de vendas.

Ao trabalharmos nos processos de MPS é importante compreender as principais informações para geração do mesmo. Podemos entender sobre  a ‘Gestão de demanda’ a gestão da carteira de pedidos e a previsão de vendas. Para a geração do MPS entende-se as principais entradas no conjunto de processos de gerenciamento da interface entre a empresa e o mercado que a mesma atende.

Os processos de gestão de planejamento de produção envolver a carteira de pedidos, envolvendo o que, quanto, quando foi pedido e por quem. O que necessariamente não possa ocorrer alguma alteração, uma vez que identificamos alterações constantes dos pedidos firmados. Outro ponto importante é a previsão de vendas – análise histórica da demanda para compreender e antecipar o mercado. Analisar novas tendências para antecipar a demanda. O histórico é essencial, porém é impossível “dirigir olhando somente o retrovisor”, por isso é extrema importância que todas as análises históricas sejam extrapoladas para a realidade atual. Uma análise míope da previsão de vendas pode impactar muito negativamente o resultado da empresa.

Um ponto importante sobre a combinação entre pedidos e previsão de vendas é a representação razoável do que deve ocorrer ou o que precisará ser produzido, gerando assim um norte. Muitas organizações precisam trabalhar com uma combinação entre pedidos firmes e previsões. Algumas trabalham com a produção 100% sob encomenda, solicitando a compra das matérias primas e iniciando a produção somente após o fechamento comercial e, em outros casos, a organização é obrigada a estocar produtos acabados, trabalhando maciçamente com previsões de venda.

Outras estratégias de pequenas e médias fábricas são empresas que estocam determinadas matéria-prima, as quais são de uso comum entre os seus produtos acabados, mas aguardam firmar o pedido para implementar a fabricação. Outra estratégia para as fábricas é estocar produtos semi-acabados que devem garantir o firmamento do pedido para finalização da produção.

Independente do modelo de produção escolhido pela organização as fábricas devem possuir um sistema de gestão empresarial, ou também conhecido como ERP, preparado para gerir: entradas de notas fiscais, cotação das matérias-primas, gestão da produção, de vendas, faturamento, financeiro, fiscal e tributário. Nossa solução FortePlus Sistemas possui estas funcionalidades bem como a usabilidade de fácil navegação, ao qual é um pré-requisito essencial para os dias de hoje.